Pensa na imagem que vêm na sua cabeça quando imagina alguém jogando golfe. Visualizou talvez o Tiger Woods? o Trump talvez? ou um jogador típico homem branco, mais velhos, barrigudo com charuto... Sim o estereotipo de esporte lento, antiquado e do golfista é normal porque a mídia raramente mostra o outro lado. Mulheres influentes como Condoleza Rice, ex atletas como Roger Federer, crianças e jovens com bolsas de estudos no EUA. Mas esses são os grupos onde o golfe mais cresce.
No mundo inteiro as pessoas estão se perguntando: IS GOLF COOL NOW?
Desde meu inicio de carreira em 2009 eu pude ver essa mudança no cenário do golfe. Naquela época eram poucas as mulheres presentes em torneios, muitos eventos juvenis não eram classificatórios para o ranking mundial por falta de quorum e a vasta maioria dos jogadores eram homens, empresários, políticos e de famílias "tradicionais" no golfe.
Mas por que você como mulher deveria aprender a jogar?
Alem dos benefícios que o golfe traz de ser uma prática esportiva ao ar livre, de trabalhar sua concentração, disciplina, resiliência e te dar um auto conhecimento das suas dificuldades internas. O golfe pode ser uma ferramenta fundamental na sua trajetória profissional. Pense nas diversas oportunidades de networking que você perdeu por serem eventos que acontecem a noite, em bares, casas noturnas e outros locais pouco convidativos para uma mulher.
Mulheres perdem momentos importantes fora do horário comercial pela carga normativa e funções na vida pessoal. Porem no campo de golfe, onde notoriamente é um local de conversas e negociações, estes encontros de networking acontecem num ambiente que promove o respeito, o desafio pessoal, a etiqueta e "fair play".
No golfe a linguagem transcende culturas. Você pode jogar golfe com um executivo do Japão, da Alemanha, da África do Sul e cada um sabe as regras, a ordem de jogo e a cultura do esporte. A comunicação e o encontro entre pessoas com a mesma sede de se desafiar num esporte impossível de dominar por completo propicia a conversa e o relacionamento dos negócios.
Diversas pesquisas mostram que mulheres que jogam golfe aumentam seu potencial de crescimento profissional.
Para uma mulher, jogar golfe é ainda mais poderoso. O golfe feminino, assim como o mundo de lideranças executivas, ainda está na fase de quebrar barreiras. Se você joga golfe e sua empresa promove um torneio incluindo parceiros, revendas e outros, o fato de você jogar te torna um "asset" para a empresa. Ou se sua empresa recebe uma visita internacional e essa pessoa joga, você pode ser a única a ter a oportunidade de acompanhá-lo num jogo. E se você joga bem, possui handicap baixo, mais ainda pois todo o mundo quer jogar com pessoas que jogam bem.
Até 2012, um dos clubes mais prestigiosos do mundo, o Augusta National, não permitia membros do sexo feminino. Alguns clubes na Europa até hoje não permitem. Outros é preciso ter um título através do marido, mulheres sozinhas não conseguem acesso.
No Brasil dos mais de 9.000 jogadores federados, apenas 1500 são mulheres. Mas projetos como o Mulheres e Golfe com apoio da CBGolfe e Federação Paulista estão contribuindo para o crescimento deste grupo e dando acesso criando uma comunidade de mulheres golfistas.
A grande dificuldade das mulheres não é habilidade, é acesso.
Clubes que limitam os horários femeninos, que não incentivam iniciantes e que não promovem socialização entre mulheres iniciantes estão perdendo a chance de atrair o grupo que mais cresce dentro do golfe.
Ver outras mulheres (e meninas) em campo se divertindo e aproveitando os benefícios do golfe incentiva e mostra que a mulher pode sim se sentir a vontade no campo.
O golfe não é fácil. A curva de aprendizagem é lenta, mas a recompensa transcende o mundo do networking. Você pode encontrar uma nova paixão que te desafie física e mentalmente.
Se depois de ler este texto sentiu vontade de conhecer mais sobre o golfe, entre em contato!
Será um prazer apresentar este esporte maravilhoso pra vc.
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